quarta-feira, 8 de abril de 2009

As Mulheres de Tróia, e não o Cavalo.

Quatro mulheres estão diretamente envolvidas com o triste destino de Tróia. A guerra contra Esparta começou por obra de capricho feminimo. Foi provocada, sem querer, por uma primeira mulher, encaminhada por uma segunda (em benefício de uma terceira) e resolvida pela quarta.

Certo dia, em meio a banquete no Olimpo, a deusa Discórdia (primeira mulher) lançou à mesa um pomo de ouro com a seguinte inscrição: "Para a mais bela". O sábio Zeus, para evitar aborrecimentos, nomeou um mortal para dizer quem era a mais bela das deusas.

Entre estas se incluía Hera, sua mulher; sua filha Palas Atena, deusa da sabedoria; e Afrodite, deusa do amor.

O mortal era Páris, príncipe de Tróia. Ele deu o pomo de ouro para Afrodite (a segunda) porque ela lhe prometeu em troca o amor da mais bela mortal, Helena (a terceira), mulher de Menelau, rei de Esparta. Páris então raptou Helena. A guerra teve início e levou ao fim conhecido.

A deusa da discórdia está no princípio deste conflito e uma mulher (Helena) moveu os homens à guerra na qual outra mulher, a deusa Palas Atena (a quarta), ajudou a ganhar. Foi de Palas Atena, em vingança por ter sido preterida na beleza, a idéia da construção do cavalo de madeira.

As razões essenciais, portanto, estão ligadas à vaidade e à intriga - ambas advindas de uma mulher, a Discórdia.
( De Os Diálogos Impertinentes sobre o Feminino)