Razões da montagem.
O olhar feminino misterioso, instigante e esfingético. Poder cósmico das deusas e a dúvida terrena do espírito feminino. Entre o sedutor e o dominador, isto é, ora caça ora caçadora ao mesmo tempo.
Tal qual o próprio sentido da esfinge da mitologia grega - formada pela cabeça de uma mulher, corpo de leão e asas de águia - em que estrangulava todos que não conseguissem decifrar suas charadas.
Decifra-me ou devoro-te.
E foi Édipo que enfrentou a esfinge. Édipo é aquele mesmo do complexo. Casou-se com a sua própria mãe. Ou foi a mãe que casou com o filho para não perdê-lo para outra mulher? Mas esta é outra estória.
Quanto a teia, de novo o mistério, seja quanto à técnica de sua construção, razão geométrica, armadilha e o sentido de sua utilidade. Mistura da sabedoria com fatalidade. De novo a síntese da mulher.
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