Há um grande misticismo em torno dos feromônios. Já chegaram apelidá-lo de “cheiro do amor” por conta de sua substância química afrodisíaca. Segundo alguns, parecem atuar num nível inconsciente, fazendo-nos sentir o estímulo sem saber bem por quê. Por isso também é chamado de transportador de excitação.
Entre os animais os feromônios são os principais elementos da linguagem de comunicação e responsáveis pela atracão dos parceiros para acasalamento, pois desencadeiam fortes desejos sexuais ao enviar sinais aromáticos subconscientes ao sexo oposto. Isto talvez consiga explicar porque os cães que ainda não entraram para o mundo do e-mail, do smartfone, do Facebook, etc., conseguem localizar a cadela no cio, em tempo real, a grandes distâncias, mesmo que a fêmea esteja fora de seu campo de visão. Na verdade uma pseudo virtude dos machos. A fêmea, emissora, exala. Ele, receptor, é ativado por ela.
Assim como nos outros animais, seres humanos também são atraídos pelo cheiro. E se atribui aos feromônios uma das fontes primárias da atração sexual entre homens e mulheres. Talvez até tenha inspirado Rosseau, em “Emile”, quando diz que o olfato é o sentido da imaginação. E por conta desse devaneio, fermenta-se a musa da insônia e o sonho do sono.
São conhecidas as sensações femininas a respeito da “química de pele’, ...sente atração antes de “ver”, sexto sentido, intuição,etc. Algo indescritível que invade o ser sem ser convidado. E isto leva a entender uma boa parte de certos “fenômenos” inexplicáveis entre o homem e a mulher.
E ocorre também até entre as mulheres uma forma invisível e insensível de comunicação química. Exemplo é o das mulheres que coabitam no mesmo ambiente - orfanatos, prisões femininas - e acabam por ter seu ciclo menstrual sincronizado, todas juntas fase a fase.
A combinação dos feromônios desprendidos nesta comunicação ocorre de forma mais intensa na juventude, fazendo com que as mulheres se sintam mais fêmeas e os homens mais machos. É quando rola a química do desejo e o desejo de harmonizar a euforia caótica dos instintos mais primitivos.
E muitos desses feromônios um dia se juntam. Casam-se. Fundem-se. E ao longo dos anos envelhecem e aí, o caos vira ordem, o instinto primitivo torna-se sensações organizadas.
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